Thursday, December 17, 2009

Postos à prova

É verdade. Hoje, de repente, o que previa, ou prevíamos para amanhã, tornou-se pouco provável,ou mesmo impossível. Mas a vida é mesmo assim, quanto melhor estamos, mais vezes somos postos à prova, mais vezes somos questionados, e maior o desafio, para o exterior. A verdade é esta: sinto-me melhor comigo, mesmo, a minha base é cada vez mais forte, também pelo que me dás, CS. A verdade é que quanto maior, mais livre é o que sinto, o que sinto que temos. A verdade é que cada desafio nos torna mais fortes. A banalidade facilmente é derrotada, o amor não. Não vivo para além da ilusão, nem pensar. Vivo feliz, nem sei explicar, mas não vivo uma ilusão, não vivemos uma ilusão. Arrisco sem medos a dizer com toda a certeza: o que temos é bem real, é raro, é único, é uma excepção à regra, mas é bom, e é para vivermos. Ambos abraçamos, abraçamo-nos um ao outro, e fundimo-nos num. É verdade, sempre fui algo céptico em relação a este tipo de fusões, até a viver. É como os contos, as histórias que ouvimos desde crianças, carregadas de metáforas, mas uma ou outra acabamos por viver e aí lembramo-nos delas. É verdade, estamos para dar e durar, juntos. Digo-o com um sorriso, de coração carregado por ti e por mim.

Também chorei, porque chorar é sentir, e o sentir, isso nunca nunguém me tirará. Muito menos o sentir o que sinto por ti e pelo que estamos a viver. Amar também é sofrer, sei-o hoje, mas é um sofrer que nos torna mais fortes. E é tão bom que mesmo estando separados há várias semanas, o que temos resiste e cresce. Mesmo.

Agora vais voar, e vai correr tudo bem. E eu cá estou, e estarei para te carregar de coisas boas, e para te dar toda a força que tenho e que não tenho. É...amor. Não tenho medo nenhum em dizê-lo e confirmá-lo. É amor, faz-me tremer, faz-me sentir borboletas na barriga, faz disparar o meu coração, é bom, tão bom.

Amo-te, CS, e cá vai um beijo dos nossos. Sim, na boca.

Wednesday, December 16, 2009

Eu...

...gosto de ti como és, amo-te pela pessoa que és, CS, mesmo...

Tuesday, December 15, 2009

Eu...

...estou a preparar-te uma surpresa. Não sei o que vais sentir, mas cada pormenor é a pensar em ti, no que eu acho que te fará sentir bem e feliz. É fazer tudo para que esse sorriso lindo salte cá para fora, que ele não se esconda. Também sei que reages sempre bem via negatividade. O lado negativo significa o mais positivo em ti, uma reacção de reprimenda significa que cheguei até ti. E venha ela!

Cada pormenor é cuidado, seja de que forma for. E há nesta surpresa a marca do tempo, do tempo que vamos passando juntos, que vamos felizes seguindo o nosso caminho juntos. Quer isto dizer que nem tudo vem embalado como novo, mas acredita, acho que para ti terá muito mais valor pela história que tem, se te conheço um bocado...

Não vou desistir de tentar fazer-te feliz, de chegar até ti, de ti, CS, nem que seja por tentativa e erro. E desejo sentir isto para sempre. Se será para sempre ou não, não é o mais relevante. Interessa sim viver o que de tão especial e único existe entre nós, que temos construido e alimentado da melhor forma possível. Com vista a continuarmos juntos. Não me assusta perspectivar, acima de tudo desejar que continuemos juntos. Não há que ter medo do futuro, e de desejar coisas boas para o nosso futuro. Não depende só de mim, e ainda bem. Não me assusta, mesmo.

Hoje, mergulhado num mar gelado, pensei em ti, pensei em nós, senti-te, e sorri...é que não há pesos, fardos, é boa a música que nos une.

Monday, December 14, 2009

Eu...

...sinto-te, CS, mesmo. E hoje senti mesmo o peso que trazias em cima de ti, peso esse que de um momento para o outro, desapareceu. Eu estou cá, estava e estarei sempre, não te estava a deixar carregar esse peso sozinha, mas hoje tive a noção do que pesava para ti. Como sabes, sentia de maneira diferente, para mim nunca foi um peso, mas claro que mexia mais contigo.

Sem querer, estava a viver o que desejo desde os meus 20 anos, e algo que não estava à espera. Podia ser um peso, mas não senti como tal, e isso deve-se muito a ti, que estás ao meu lado, tu que me dás a mão, e que caminhas comigo, caminhamos juntos...

Está resolvido. Sinto-nos mais fortes e mais unidos, é bom. Cada barreira que ultrapassamos torna-nos maiores, juntos. Dia após dia vamo-nos conhecendo melhor, e as explicações deixam de ser necessárias. Não tenho a pretensão de te conhecer apenas pela minha intuição, pelo meu lado. Só te posso conhecer mesmo se estiver disponível, e estou. Só te posso conhecer se te ouvir, e ouço. Só te posso conhecer se olhar par ti e observar-te, e olho e observo. Só te posso conhecer se te deres, e dás-te. Só te posso conhecer se quiser, e quero, muito. Só te posso conhecer se te sentir, e sinto-te...

Acho sinceramente que o que estamos a viver passa para fora, o que sentimos e o que estamos a construir. Passa porque as pessoas que estão de fora sentem uma força (não sei que palavra usar) tão grande, e é nossa, de nós os dois...

Esta análise mais objectiva e pragmática será sempre muito imcompleta face ao que sinto, e que existe entre nós, de tão bom que é. Assusta? Talvez, se olharmos com receio que não seja verdade. Mas é, mesmo.

Sinto-te, CS, mesmo...

Saturday, December 12, 2009

Eu...

...falo contigo sobre o que acho que pode ser melhor porque gosto muito de ti, mesmo. Porque acredito, porque sinto, porque te sinto, pelo que me dás, pela vontade que me dás de te dar, de me dar, CS. E porque também eu posso fazer melhor. Senão, não me chateava, e seguia... Sou muito mais exigente comigo do que contigo, CS:-)

Friday, December 11, 2009

August Rush 2

Eu chego até ti. Vais-te dando a conhecer, vais-me dando o que és, o que sentes, o que tens, e é tão bom...

Sinto que te sentes só, muitas vezes. Sinto que de alguma forma te sentiste, ao longo do tempo, orfã de muita coisa. Sentiste, se calhar sentes ainda... E vais seguindo o teu rumo, ao som da música que ouves, e da música que sai de dentro de ti, que vai fluindo. Eu, vou ser sincero. Essa música toca na frequência onde estou, na frequência que sou, e sinto que chegámos um ao outro, e é tão bom, estarmos um com o outro...

Obrigado por te dares, mesmo que digam que há coisas que não se agradecem. Tenho mesmo muita sorte por estarmos juntos, pela tua sensibilidade que me dás a conhecer, pela tua beleza (és linda linda linda linda), pela tua inteligência que me cativa, pela paciência e sinceridade. E solidariedade. E por muito mais que nem consigo exprimir em palavras!

És a mulher que amo, CS.


Thursday, December 10, 2009

August Rush

Eu estou aqui. Estou de volta após largos meses sem escrever. Tudo num impulso dominado por um sentimento por alguém, por ti, inspirado por um filme. Nem sei bem como começar, mas cá vai...

Eu sinto-te, mesmo. Não sei bem como nos cruzámos, nem porquê, mas como que em jeito de apresentação, há aproximadamente 19 anos, senti uma corrente de energia nesse momento. É verdade, senti. Não há grandes explicações a dar em relação ao facto de escolhermos estar com certas pessoas e não com outras, o que nos faz procurar certos lugares em vez de outros, o que nos faz sentir e não desistir... Sim, há credos, há gostos pessoais, há ideologias, há desejos animais, há odores, há sabores, há dores partilhadas, vivências, as férias desde pequeno, as festas de anos dos nossos colegas de escola, as festas da escola, de Natal, de fim de ano, a choradeira no momento da partida, do encerrar de um ciclo e do iniciar do próximo. Lembro-me perfeitamente do meu primeiro dia de escola, na pré-primária, tinha eu 3 anos. A minha mãe deixou-me na escola, sozinho, no meio de uma confusão gigantesca, cheio de miudos da minha idade e mais velhos, vários adultos fardados, e uma fila para tirar a primeira foto, no primeiro dia de escola. Vários miudos choravam, queriam ir-se embora. Eu não, eu queria ficar e conhecer, mas na hora da verdade, na hora de me sentar em frente ao fotógrafo, num ligeiro ângulo de corpo, eu não aguentei e chorei. Nunca esquecerei esse dia. Demorei a entrar naquele mundo, nem sequer escolhi estar ali, mas havia uma curiosidade, uma vontade de conhecer, e lembro-me dos meus colegas, os meus primeiros amigos. Eu, a par do meu melhor amigo da altura, competíamos em altura, ambos queríamos ser os mais baixinhos da turma. O que poderia (e em muitos casos é) motivo de criar traumas, para mim sempre foi um orgulho, uma marca de distinção, não porque me achava melhor que os outros, não, mas sim porque gostava, porque chamava à atenção, porque me abraçavam mais, porque me queriam mais, porque me davam mais, porque me deixavam dar-lhes mais. O meu colega era o Nuno, espero que ainda seja...

Mas além do Nuno, havia o Miguel, o outro Miguel, o João Pulga, a Ana Cristina, a Mónica, o Rui, e por aí em diante. O que me fez procurá-los e quere-los perto de mim e vice-versa? A pele? A voz? Não sei, podia justificar de várias maneiras, mas a única que encontro é a que sinto: energia. É energia, uma corrente. Como se fosse uma corda que eu agarro mas que nem sei porque é que começo por querer agarrar, agarrar logo aquela corda, onde já vão outras pessoas. É como uma série de túneis translúcidos e não estanques, e eu escolhi e vou escolhendo seguir por certos túneis e não por outros. São caminhos, são mãos que se dão, e que se separam... É música, música que oiço e que faço, pela qual sou atraído e atrio, é...energia.

Sempre gostei de ser o guarda-redes da minha turma na escola. O meu primeiro ídolo do futebol era o saudoso Vitor Damas, grande guarda-redes do Sporting. Costuma-se dizer que só vai à baliza quem não sabe jogar à bola, é quase motivo de exclusão. Para mim não, era o que eu queria mesmo, era o que me deixava feliz mesmo, era ir à baliza. Os meus colegas não queriam, porque eu era rápido e diziam eles que eu jogava bem à frente. Mas não, eu queria ir à baliza, e sempre fui até certa altura. Depois segui outro caminho, fui para a frente...

Hoje estou contigo. Sempre acreditei desde que nos voltámos a reencontrar há pouco mais de um ano. Acreditei e senti sempre algo, um feeling, que me levava até ti, que te trazia até mim. Uma...energia, um sentimento, algo que paira no ar, que não é meu, mas ao mesmo tempo é, é nosso. Não sou pretensioso ao ponto de sentir por ti, mas é nosso. De tantas cordas que vi e às quais me podia ter agarrado, quando dei conta seguíamos, e seguimos, no mesmo sentido, e chegámos a um ponto (não isolado) em que acabámos por criar o nosso caminho, nosso de nós os dois. E é tão bom...Sigo contigo, anda comigo, seguimos juntos. Desejei-te, desejo-te e vou continuar a desejar-te, quase que aposto desde o primeiro dia, como algo puro e em bruto, que não se pode inventar, já é. Sonhei contigo, sonho, e vou continuar a sonhar. Estou contigo, estive, e vou continuar a estar. Estamos, e é tão bom...

Amo-te, CS

Wednesday, May 13, 2009

À flor da pele...

...é como me sinto. Sinto-o porque te sinto. Não sei o momento exacto, não sei o porquê, não sei. Mas elevas-me, fazes-me sentir o que nunca esperei que me fizesses sentir. Nunca esperei encontrar-me neste ponto, por causa de ti, por causa do que me dás, por causa do que o que me dás me faz sentir, por causa do que te quero dar, a ti e mais ninguém...

Não sei como aqui cheguei, como aqui chegámos. Mas será importante justificar? Sei que depois do dia de anteontém, principalmente depois desse dia, ao deitar, olhei para o lado e não estavas lá. E o que eu gostava que estivesses. Sei que a partir desse dia de anteontém, é recorrente fechar os olhos e sentir-te. Já tinha acontecido, aqui e ali, mas nunca assim. Porquê, não sei...

Não sei porquê, mas há um factor que tenho a certeza que despoletou este turbilhão de sentimentos e emoções, de arrepios e pele de galinha, de suspiros. É verdade, suspiros... E esse factor é o de te teres dado a conhecer, de te estares a dar a conhecer. É como um mergulhar no teu mundo tão secreto, onde só quem acredita em ti e tem o dom de saber esperar, lá entra. E eu nesse aspecto sou impecável...

O tempo não pára, eu sigo o meu caminho, tu segues o teu, mas algo mudou. Não tenho qualquer receio ou medo em dizer-te, em mostrar-te, que te dou a mão. Que de tudo o que nunca esperei sentir por ti, vive dentro de mim agora. Não tenho medo das consequências. Porque a vida é mesmo assim, e eu estou cá para a viver, mesmo...

No meio de um discurso sentido, na primeira pessoa, sem filtro, repito: tenho tudo à flor da pele...


Thursday, April 30, 2009

Hoje...

...assisti a um daqueles momentos que podem mudar a vida de alguém. Num cruzamento movimentado da nossa Lisboa, cruzamento esse onde se pode assistir regularmente ao espectáculo lamentável que são os acidentes de automóvel, assisti hoje a um desses acidentes, que poderia ter provocado ainda mais estragos. Um carro bate numa mota, cuspindo o motard de maneira a que este desse um mortal e caísse de costas. Foi tudo muito rápido, são frames na nossa vida, terá demorado um segundo e qualquer coisa...

O rapaz que conduzia a mota, após o embate com o chão, sentou-se, tentou levantar-se, mas as dores num pé eram muitas, pelo que rapidamente desistiu da ideia. Felizmente, no meio de tamanho acidente, uma ambulância esperava a oportunidade de atravessar o mesmo cruzamento, pelo que os respectivos enfermeiros rapidamente socorreram o jovem acidentado. Eu próprio me precipitei em auxílio do mesmo, mas vendo que estava em boas mãos, abandonei o local, pois chegamos a um ponto em que apesar da boa vontade, atrapalhamos mais do que ajudamos. Não sei como acabou, mas sei que o rapaz estava consciente e aparentemente os danos eram apenas na região do pé direito.

E perguntam-me vocês, os dois ronhas que não têm mais nada que fazer e de vez em quando aqui aparecem: "Olha lá, ó Miguel, e?" Bem, eu respondo. É que me fez pensar e sentir que num frame o filme da nossa vida pode dar um twist daqueles, vulgo reviravolta, e que devemos é viver para sermos e fazermos felizes. Por isso te liguei, por isso fui ter contigo. E porque me dava jeito a tua ajuda no trabalho, claro, trabalho esse que também me faz muito feliz... Confesso que me apeteceu visitar e falar com mais uma série de pessoas de quem gosto muito, mas o poder estar com uma delas como que me encheu a alma e o coração, num momento destes. Não dou mais importância ao acidente, ele foi o que foi, serviu apenas de alerta, alerta para estabelecer prioridades e objectivos, e ajudou a esclarecer sentimentos...

Agora vou só ali arrumar mais um por cento do meu castelo-que-encolheu-num-programa-de-lavagem-desadequado...

Monday, April 27, 2009

"Mankind is no island" by Jason van Genderen

É uma curta, filmada inteiramente com um telemóvel. É simples, e simplesmente arrebatadora, avassaladora, brutal, e bem objectiva. Mostra que mesmo sem grandes recursos, se há vontade, se se quer, consegue-se fazer. Uma lição. É bom de ver...

Sunday, April 26, 2009

Eu...

...arrepender-me-ia muito mais se não tivesse tentado fazer o que fiz. Por um momento que fosse. A vida é mesmo assim, tentativa e erro, e eu não me inibo nada de tentar, errar e voltar a tentar. É como andar de skate. Um exemplo perfeito, na minha modesta opinião. Ando de skate, tento manobras novas, caio, e levanto-me. Tento de novo, caio, e volto a levantar-me. Até conseguir...E depois sigo para outra manobra nova...

P.S: é tão importante saber dar, como saber receber. E eu, modéstia à parte, nesse aspecto sou impecável. Isto não é uma lição de vida. É mera constatação.

Wednesday, April 22, 2009

Hoje, se pudesse, voltava atrás...

Hoje aconteceu-me um daqueles momentos raros na minha vida. Digo raros, felizmente. Isto porque quis fazer sentir muito bem alguém, porque quis surpreender alguém, pela positiva. Resultado? Utilizando a gíria futebolística, mandei à trave. Ou se preferirem, mandei completamente ao lado. Infelizmente...

Preparei a surpresa cuidadosamente, engendrei um plano, de forma a não falhar, a que toda a minha boa intenção chegasse ao seu destino, chegasse a ti. Mas não, aparentemente levei até ti um pesadêlo, e compreendo. Agora compreendo, e lamento. A princípio pensei: "mas era uma surpresa boa, é para ti, é um presente, que acho que vais gostar! é para te fazer feliz!"... A princípio fez-me confusão a reacção oposta ao que eu esperava. Então se era para ser bom, como é que o sentes como mau? A resposta está no meio que utilizei. Para fazer chegar até ti a surpresa, foi a maneira completamente errada para te tentar surpreender pela positiva. Agora sei-o, mas antes pareceu-me a forma perfeita de te roubar aquele sorriso. Projectei uma possível reacção tua, e só vi sorrisos e alegria, com aquele picanço saudável que nos caracteriza. Quando dou, não espero gratidão, só quero é ver alegria e felicidade. Mas nada disso aconteceu. Infelizmente.

És provavelmente das pessoas que mais gosto, e não escolhi para que assim fosse. Mas és. Sem qualquer intenção perversa, toquei-te na ferida. E magoei-te. 

Mas sabes uma coisa? Escolhi aquela forma de te tentar surpreender, pela positiva, porque tudo o que te disse é verdade. O tema que escolhi, tudo o que te disse sobre ele é verdade. E antes de te conhecer não sabia lidar com ele, e tu ensinaste-me como lidar com esse tema. Ensinaste-me sem querer, sem quereres dar-me qualquer lição. Ensinaste-me a não sobrecarregar o que já por si só não é bom, em relação a esse tema. Deste-lhe um toque de descontração que me faltava, ao lidar com esse tema. E por isso, sem querer, hoje abusei desse tema, contigo. Provavelmente até pensaste que estava a gozar com a tua cara, mas não. Nem me queria referir ao teu caso, mas sim ao meu, de uma forma descontraída. O resultado? Ao lado...

Não trago dentro de mim qualquer maldade. Mesmo. Nem rancores, nem sentimentos de vingança, nem a perversão de gostar de fazer sofrer. Espero que acredites que o que fiz, fiz com uma única intenção: a de te fazer feliz. É pretensioso da minha parte, tentar num gesto mudar o antes, e tornar melhor o presente e o depois? É egoísmo da minha parte fazer tudo e mais alguma coisa, desde que com boas intenções, para conseguir atingir esse objectivo? Deste-me a tua opinião sobre isso, o que sentiste. Como disse, admiro a tua frontalidade, mas egoísmo e pretensiosismo nunca moraram dentro de mim, em todos os segundos que estive contigo, ou em que preparei esta surpresa. Nem são características da minha pessoa, felizmente...

Se soubesse o que sei hoje teria feito de maneira diferente. Mas estamos sempre a aprender, certo? E viver é aprender. O que fiz está feito, não posso refazer. Mas para a frente é que é o caminho, e espero poder encher-te de mimos. Gosto de mimar as pessoas de quem gosto, mesmo. Sem egoísmos e prentensiosismos. Não com sentido de compensação pelos danos causados. Faço-o de coração, porque só assim sei fazer. Não sei fazer de outra maneira, mesmo.

Hoje justifico-me, como não o fazia há muito tempo. Porquê? Porque gosto muito, muito de ti...

Hoje, se pudesse, voltava atrás...

Uma última palavra, de mim para ti: desculpa...

P.S: não sei se alguma vez irás ler o que acabei de escrever, mas foi a forma que encontrei para mandar cá para fora. E já sei que as desculpas não se pedem, evitam-se, mas reconhecer que se pode fazer bem melhor do que se fez é bom, é ter a noção das coisas. E mais vale tê-la, do que andar a repetir vezes sem conta a mesma coisa...

Friday, April 17, 2009

Eu...

...ainda não sei bem qual é o teu papel na minha vida. Nem o meu na tua. Mas sinto que é importante. 

"O que for, quando for, é que será o que é".
                                By Fernando Pessoa

Eu...

...voltei a surfar, depois de 8 longos meses de abstinência. Foi mágico! É mágico... Desde o sentir um formigueiro a percorrer-me o corpo ao arrumar a tábua, fato, shop, etc para me fazer à estrada. Desde o vestir à pressa, carregado de ansiedade por entrar dentro de água, por sentir aquela energia, que nos é dada pelo mar. Não sou de certeza um "grande" surfista, se comparado com quem compete, com quem surfa diariamente. Surfo sempre que posso, e assim me faz feliz. Mesmo. É estranho, as ideias e sentimentos relacionados com o surf vão-se encavalitando, à medida que vou escrevendo. 

A primeira onda, primeira queda. Mas à segunda, à segunda foi brutal! Era fome misturada com vontade de comer. E outras se seguiram, mesmo a partir do momento em que já parecia ter tijolos nos ombros, mais precisamente nos trapézios. Faz-me lembrar a sensação de fazer amor (chamem-lhe o que quiserem) com uma mulher de quem gostamos mesmo, pela primeira vez. É como se quisesse dar logo tudo, porque o que me move é tão forte...

E os amigos, nada como surfar com os amigos, e até esse privilégio tive. 

Vim a sorrir para casa. Ainda estou com esse sorriso, e ninguém mo tira. Amanhã lá estarei, mesmo...

P.S: e fazer xixi no fato? Ah pois é! Não há melhor...

Friday, April 10, 2009

O segredo de um cuscuz

Recentemente preenchi uma das minhas maiores lacunas cinematográficas, que era o facto de ainda não ter visto o filme "O segredo de um cuscuz". Só hoje escrevo sobre o filme. Uma história que gira em torno de uma família francesa de origem árabe, em que o pai de família tenta a todo o custo lutar contra a desagregação da sua família, sendo que também ele contribuiu para essa desagregação. É a luta por uma vida digna, por um objectivo de vida, é a aventura de uma vida. Recheada de amores e desamores, momentos conturbados, no mínimo. O cuscuz aparentemente mantém alguma união em torno daquela família, como que por magia. Obrigatório ver. E a banda sonóra, é absolutamente fantástica...

Citação

"Venha o que vier! Começam a noite impecáveis...lolol! Bebem umas jolas e bamba saias transformam-se em cachecois e sapatos em pulseiras, o rímel passa a ser pintura de guerra e um homem é sinal de CARPE DIEM!"

by Inês Abreu

Eu...

...hoje dormi praticamente 12 horas, sendo que ainda estive deitado mais umas duas, à vontade. O corpo pedia há dias este merecido descanso, e naturalmente "desliguei-me", entrei em modo de sono profundo, sem saber bem como. É bom, muito bom, pois acordei carregadinho, qual coelho de uma famosa marca de pilhas. E agora segue-se uma daquelas tardes profundamente mergulhadas no sofá, alternada por momentos de criatividade duvidosa.

Agora vou só ali pôr a máquina da roupa a lavar. O dever chama...

Friday, April 03, 2009

dEUS-The Architect

É mais uma que tem dado côr aos meus dias...

A mil...

Ando a mil. É bom, muito bom, e desafiante. Não implica, no entanto a ausência de vida pessoal, mas a verdade é que o lado profissional se tem sobreposto. Só que tenho tido direito a umas "pérolas" de convivio com os amigos, que funcionam como balões de oxigénio para um corpo e uma mente longe da hipertrofia. Daí a minha ausência. 

No meio disto tudo, vão acontecendo surpresas, boas surpresas, felizmente. É daqueles acasos da vida, ou será que não são acasos? Será que de alguma maneira não os encomendei? Independentemente disso, que venham, se vierem por bem. Agora vou continuar a mil, porque corro, e sinto que não me canso. 

P.S: os jantares com amigos são mesmo das melhores coisas do mundo... E uma banda sonora para esta fase? pois cá vai...

Sunday, March 29, 2009

Charlie Brown Jr.-Sem medo da escuridão

É uma das músicas que mais oiço no momento. A variedade de sonoridades dentro da mesma música chamaram-me a atenção. E a letra, a letra também. Porquê? Porque não tenho medo da escuridão...

"Fique e faça o sol brilhar,
fique e faça o sol brilhar.
Sem medo da escuridão,
correria noite e dia pela
evolução.
Escolha o seu lado 
na hora do bicho pegar
A chapa esquenta
a gente fica e faz o sol brilhar"

P.S: agora vou só ali à rua e tentar não ir parar a badajoz, com a brisa violenta que está lá fora...

Monday, March 23, 2009

Eu...

...gosto de trabalhar com paixão, por paixão, com pessoas que trabalham por paixão também. O dinheiro faz parte do nosso dia a dia, tornou-se incontornável, e defendo que todo o profissional deve ser pago pelo seu trabalho. Mas é bom, de vez em quando, ter a oportunidade de abraçar projectos puramente por paixão ao ofício que se tem. Foi o que aconteceu hoje. Funciona como uma reciclagem, como uma dose de energia positiva e humildade fundamentais, para mim. Quem corre por gosto, não cansa...

Dentro de algum tempo terão a oportunidade, os dois seres humanos que não têm mais nada que fazer e vêm aqui por puro desperdício de tempo, de ver o resultado final. Se vos interessar. Se não vos interessar, podem sempre dedicar-se aos arraiolos, ou ponto de cruz.

Thursday, March 19, 2009

Hoje

Hoje vi o nascer do sol. Normalmente não tenho a oportunidade de o fazer, ou então tem-me passado completamente ao lado. Mas hoje foi diferente. Sentei-me nas escadas da minha casa, e fiquei a ver o nascer do sol. A necessidade invulgar de me levantar tão cedo deu-me a oportunidade de observar certos acontecimentos, que terão um sentido para essa determinada hora do dia.

Sigo o meu caminho, contrariando todos os hábitos acumulados durante meses. Sigo porque quero. Gestos simples, banais, desde arrumar a mochila para o meu mais recente desafio, o saco de desporto, as luvas de boxe, telemóveis, e música nos ouvidos até chegar ao café que normalmente vejo fechar, para hoje o fazer começar.

Sigo, por um caminho que me é familiar, mas a horas diferentes, e em sentido contrário. E como tudo muda, desde as cores das fachadas dos prédios, às caras que nunca vi, que passeiam os seus cães de diversas cores, formatos e tamanhos. Qual momento de hipnose global, seguem fechadas no seu mundo, puxadas por cães de diversas cores, formatos e tamanhos. Sigo.

Um homem faz ginástica em frente a uma entrada de garagem de um prédio que me é bastante familiar, mas aquela cara é-me completamente desconhecida. Nem sei se aquele homem, na casa dos setenta anos, que força os braços de forma ritmada em movimentos circulares e ritmados pertence, àquela rua. Parece tirado do seu contexto natural e colocado num quadro de selva urbana, que claramente o desejaria apagar. Mas não apaga, porque ele não parece, ele é.

Cheguei à conclusão que 99% do caminho que fiz me era familiar. É-me familiar. No entanto o meu destino era totalmente desconhecido. Como um ponto onde uma nova caminhada se inicia. Uma caminhada feliz, muito feliz. A felicidade acompanha-me, e faz-me sentir, e é recorrente falar nela. Falo, sem preconceitos, medos ou receios, porque não tenho medo. Sou feliz, e fazem-me feliz. Eu agradeço, e retribuo. Ou será que comecei por ser eu a dar? Não é relevante. Estou-lhe grato. Mesmo.

É bom saber que a corrente do tempo arrasta muita coisa, nos leva sem olhar para trás, mas não nos proibe de voltar a lugares que nos marcam. Algo mudou desde a última vez que aqui passei, mas a terra que toco é a mesma.

Sigo, porque quero. E quero, muito...

P.S: o Hoje foi ontem...

Friday, March 13, 2009

32

Já lá vão 32 sois e 32 luas... Eu disse já? Não, muitos e muitas mais estarão para vir. Hoje tive dos dias mais felizes da minha vida, entre família e amigos. A mesma família e os mesmos amigos que têm sido co-protagonistas neste filme real, e ainda bem. Estou-lhes(vos) tão grato, de coração. E no meio de tanta lamechisse posso-vos garantir que em termos de festa, começou bem, numa sexta-feira 13, e ainda a procissão vai no adro... 

Agora vou só ali e já venho. Vou pôr o Miguel a dormir. Não o Veloso, mas sim o autor deste blog, o Miguel que é fofo, querido e muito bonito. Ah, e feliz! Muito feliz! 

Tuesday, March 10, 2009

Eu...

...sigo sempre em frente e nunca pra trás...


Free Willy...

...perdão, enganei-me. Devia ter escrito "Free Miguel". Sim, porque existe uma campanha contra o Miguel. 
Porque o Miguel é um coitadinho. 
O Miguel nunca provou nada a ninguém, mas é um coitadinho. 
O Miguel diz que deve tudo a quem o formou (pelos vistos mal). 
O Miguel diz que por isso está de corpo e alma com quem lhe deu tudo. 
O Miguel também diz que se quer ir embora.
O Miguel diz que não o defendem. 
O Miguel devia ser MUITO mais humilde.
O Miguel devia era estar calado.
O Miguel devia era ter vergonha de se queixar, pela fortuna que ganha sem fazer nada (literalmente).
O Miguel devia ter vergonha também pelo penteado que usa, se é que se pode chamar penteado a um ouriço banhado em óleo Fula.
O Miguel devia pagar a quem lhe deu tudo.
O Miguel parece a Willy, ou seja, uma baleia, porque está gordo que nem um texugo.
O Miguel está gordo porque não mexe uma palha.
O Miguel não é um bom profissional.
O Miguel não é sequer profissional.
O MIguel fala dele próprio na terceira pessoa. Porquê?

P.S: este Miguel a quem me referi, é o Miguel Veloso, não é o Miguel que escreve neste blog. Sim, porque o Miguel que escreve neste blog é fofo, querido, bonito, leal, muito bonito, não tem grande excesso de peso, usa um penteado decente, mexe muito mais que uma palha, grato a todos os que o têm ajudado, e grato por tudo o que a vida lhe tem dado...e é muito fofo.

Thursday, March 05, 2009

Eu...

...tenho tanta sorte por ter junto a mim as pessoas de quem gosto, e que gostam de mim. Desde o dia de ontém que dei-me conta a sorrir por me sentir tão bem, tão feliz, de me sentir um previlegiado por ser querido por pessoas espectaculares, pessoas lindas, em todos os sentidos. E é por fazer parte da vida dessas pessoas, e elas da minha, que sinto que tenho tudo o que é realmente importante. Em tempos falei do amor, um sentimento supremo, o sentimento dos sentimentos. Este post acaba por ser uma continuidade desse post dedicado ao amor. É que quem sente um coração cheio de amor para dar, porque é recarregado pela família, pelos amigos lindos que tenho, não lhe falta nada. E é isso que sinto, não me falta nada, porque atrás disso o resto acaba por acontecer. Sim, porque o trabalho é feito por mim com todo o amor também. Com paixão. 

E tudo o que sou, tudo o que tenho, partilho convosco...

Tuesday, March 03, 2009

Quem conta um conto...

...acrescenta um ponto. É verdade. O "diz que disse" faz parte de um mundo de fachada, em que muitos parasitas se alimentam da vida dos outros, por total ausência da sua própria, por total incapacidade de viverem, por total necessidade de polémica, pelo vazio em que vivem. 

Não sei porquê, mas já vieram até mim certos boatos sobre a minha pessoa, sendo a maior parte deles no sentido de destruir através da mentira, através da pseudo-criatividade de alguém que achou fofo inventar factos sobre a minha pessoa. A maior parte deles passam-me ao lado, não me tiram sequer o sono. Mas de vez em quando lá vem aquela bujarda carregadinha de uma (pelo menos aparente) inveja atroz, que tenho alguma dificuldade em explicar. Uma bujarda carregadinha de explosivos, e com dedicatória: "Espero que te rebente nas mãos num momento muito feliz da tua vida". 

Eu, sem ser um santinho, e muito menos um anjinho, vivo a minha vida tranquilamente, junto de quem gosto, a fazer (quase sempre) o que gosto... Pois então, porque será que alguém repara em mim? Porque é que me dão essa importãncia? Foi alguma coisa que eu disse? Que fiz? Que não disse? Que não fiz? Todos erramos, magoamos alguém de forma totalmente involuntária. Faz parte da natureza humana, na sua existência eminentemente social. Quem nunca terminou um namoro, quem nunca mentiu? 

Há já uns dias que lido com uma situação destas. Um boato, carregado de falsidades, de insinuações nojentas, a respeito da minha e só minha vida pessoal. Incomodou-me até hoje. Só até hoje. Sim, porque hoje, sem aparente explicação, senti-me um VIP, por ser tema de conversa, por ser importante para tanta gente. Não sou indiferente para essas pessoas! Só gostava era que o que algumas delas tivessem um grau de seriedade maior, e que tivessem uma vida um pouco mais interessante, a todos os níveis, mas principalmente a nível sexual, já que a carga de frustração sente-se à distância...

Se algum de vós que inventa essas histórias sobre a minha pessoa sentir uma total ausência de criatividade, eu tenho algumas ideias para os próximos boatos: envolvem duas anãs contorcionistas, vós próprios e um macho cobridor: eu, claro. 

E fica também um conselho: GET A LIFE! 

Há-de haver sempre quem conte um conto, e lhe acrescente um ponto...

Saturday, February 21, 2009

And the Oscar goes to...

Os Oscar(s) estão aí. Dentro de pouco mais de 24 horas saberemos quem é que afinal ri por último. Eu pessoalmente acho dofícil e, de certa forma desconcertante, avaliar qualquer forma artística, premiando uns em deterimento de outros. Não que não consiga estabelecer uma "hierarquia", uma classificação dessas mesmas expressões artísticas (peças de teatro, filmes, música, etc) mas é uma escolha muito pessoal e subjectiva. Muitas vezes acho que o verdadeiro valor de uma expressão artística é impercetível no imediato, no presente momento em que é feita e posta à disposição do público, se o for...

O meu percurso na área artística está longe de terminar, é um processo contínuo com vista a uma aprendizagem constante, pelo que processo a processo, tudo é feito nesse contexto, de continuidade. Então para quê carregar no "pause" e avaliar apenas um "frame" desse processo? Não será no mínimo demasiado incompleto? 

Apesar de tudo gosto muito da cerimónia dos Oscar(s). Isto apesar da lei da compensação que é praticada de forma recorrente, devido a politiquices na atribuição destes galardões. Há vários factores em jogo, e não apenas objectivamente os filmes do ano a que se referem. Toda a história e carreira dos nomeados interfere. Infelizmente.

Dou-vos um "cheirinho" de quem apresentará a cerimónia, e qual a estética adoptada. Veremos. Pessoalmente, eu preferia que fosse Ricky Gervais, como chegou a ser ventilado por alguns meios de comunicação social. Mas não, o escolhido é Hugh Jackman. 

Friday, February 20, 2009

You picked me...

É verdade. No meio de tantas pessoas, escolheste-me a mim. No meio de tanta gente interessante, escolheste-me a mim. Milhões e milhões de possibilidades de escolha, de todas as cores, credos, nacionalidades, tamanhos, escolheste-me a mim. Não sei porquê. Não sei o que terás visto em mim, não sei o que possa ter para te oferecer, para me teres escolhido a mim. Não sei o que te agrada em mim, mas a realidade é que...you picked me. Porquê?

Sei no entanto que não fomos feitos um para o outro. Sei-o desde o primeiro dia, e desde já serve este post para acabar tudo entre nós. Podes achar cobarde, mas foi a melhor forma que encontrei para o fazer. Preferias que te tivesse dito na cara? Mas quantas vezes tentei eu chegar até ti e nada? Ignoraste-me, pura e simplesmente... Adeus.






P.S: este post trata-se de uma tentativa da minha parte em perceber porque é que a amigdalite que me acompanha me escolheu a mim. E de a convencer a seguir o seu caminho, e a que me deixe em paz...

Wednesday, February 18, 2009

Tornar o impossível possível...

Depois de visitar hoje o blog do meu amigo Bruno Nogueira, tal como faço regularmente, deparei-me com mais um post extraordinário do meu grande amigo. Ou amigo grande, porque tamanho não lhe falta, tanto em altura, como na amplitude sensível e intelectual que possui. Pois o meu amigo Bruno encomendou um documentário, "Man on wire", que conta a aventura de um homem que decidiu perseguir um sonho de uma vida, até o concretizar. E o sonho, qual era? Coisa pouca. SÓ atravessar as torres gémeas, através de um cabo de aço. Só.

Lá vou ter que encomendar o documentário, pois a história até já tinha despertado o meu interesse, em tempos idos. Não sabia era da existência de tal documentário. Ou vou ter que pedir emprestado ao meu amigo grande, e ele empresta de bom grado, ou se ele não me quiser emprestar tenho uma ou outra medida de coacção física para aplicar ao meu grande amigo. Não vou desvendar muito mais, mas envolve um quadro de ardósia e umas semanas sem cortar as unhas. Ah, e talvez um garfo...

P.S: é assim que vivo. Persigo sonhos, e vou materializando-os. Felizmente vontade não me tem faltado, e duvido que me venha a faltar. Por falar em dúvidas, essas lá vão surgindo aqui e ali...e nada como um bom questionário.

Agora, trailer...o nome do aventureiro? Philippe Petit.


Tuesday, February 17, 2009

Eu...

Gostava de saber desistir dos problemas que não são meus...

A arder...


Eu tenho uma amigdalite. É por tempo limitado, mas hoje tenho uma amigdalite. Para quem não sabe o que é uma amigdalite, é uma dor aguda, da garganta, uma daquelas dores que se dispensam facilmente, daquelas dores que deviam ser proibidas. Ter uma amigdalite é mais ou menos como engolir um quilo de espinhas de peixe bem afiadas, assim de uma só vez...

Depois de uma noite que me pareceu gelada, em que a temperatura do meu corpo chegou praticamente aos 40º (febre que me levou ao delírio e até me fez sonhar com o meu Sporting campeão) lá decidi ir ao hospital, a minha segunda casa, nos dias que correm. Pois lá fui novamente ao hospital CUF das Descobertas, o da minha eleição. A percentagem de enfermeiras com menos de 35 anos, e de aspecto interessante é elevadíssima. Fui bem atendido, como sempre, mas há um momento que merece o digno destaque: ao ser-me diagnosticada uma amigdalite, disseram que teria que levar uma injecção de penicilina, imediatamente. La fui eu, com um enfermeiro, que depois de me perguntar qual a nalga que escolhia como vítima, me espetou uma daquelas agulhas que dá para abater elefantes. Não tenho qualquer tipo de problemas com seringas, mas senti a agulha. Qual o meu espanto quando o mesmo enfermeiro me diz que a seringa estava estragada, que o líquido não saía, e me disse que iria ter que levar outra "pica". Eu pensei para com os meus botões se ele não quereria fazer de mim um alvo de setas. Se não me quereria encostar à parede e entreter-se a atirar seringas cujas agulhas parecem o túnel do Marquês. Lá levei a segunda injecção, doeu, e bem, andei o resto do dia com um andar novo, que ainda mantenho. Interessante, não?

Vá, já passou. Vejo sempre o lado positivo das coisas. Fui operado, tenho uma cicatriz jeitosa que ainda necessita de cicatrizar bem, de repouso, e agora tenho uma amigdalite. Como tal aproveito esta fase para fazer um 2 em 1: recuperar da operação e da amigdalite, sempre acompanhado por boa leitura e boas visitas. Ou visitas boas, ecolham vocês, os dois "janados" adictos a este espaço de interesse relativo.

Thursday, February 12, 2009

Dias de Luta, dias de Glória...

Não tenho muitas palavras para justificar este post. A música é de Charlie Brown Jr., chama-se "Dias de Luta, Dias de Glória", e gosto. Traduz um estado de espírito. Realço na letra três versos:"Podem me tirar tudo o que tenho/Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo/ E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção eu vou que vou!".

Como sempre que é possível, vem em versão karaoke. E como qualquer video de karaoke, puxa assim para o mauzinho, com um piquinho a bimbo. Um piquinho não, muito bimbo mesmo...mas a música é linda.


Dias de Luta, Dias de Glória


Canto minha vida com orgulho!

Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce
Hoje estou feliz porque sonhei com você
E amanhã posso chorar por não poder te ver
Mas o seu sorriso vale mais que um diamante
Se você vier comigo aí nós vamos adiante
Com a cabeça erguida, e mantendo a fé em Deus
O seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu.

A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz para quem eu amo
E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção eu vou que vou!

Histórias, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória (4x)

Oh minha gata, morada dos meus sonhos
Todo dia, se pudesse eu ia estar com você
Já te via muito antes nos meus sonhos
Eu procurei a vida inteira por alguém como você

Por isso eu canto minha vida com orgulho
Com melodia, alegria e barulho
Eu sou feliz e rodo pelo mundo
Sou correria mas também sou vagabundo

Mas hoje dou valor de verdade, pra minha saúde, pra minha liberdade
Que bom te encontrar nesta cidade
Esse brilho intenso me lembra você

Histórias, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória (4x)

Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito

Sintonia,
telepatia,
comunicação pelo cortéx
Bum, Bye-Bye.




Wednesday, February 11, 2009

R.I.P.-Jeremy Lusk (FMX Hero)

Pois é. Tinha 24 anos. Um dos que levava a vida no limite, a bem de um desporto. Como te compreendo, Jeremy Lusk... Fica uma homenagem, sem dramas. CARPE DIEM...

Monday, February 09, 2009

Christian Bale goes crazy!!!!!!-É OBRIGATÓRIO OUVIR!!!!

Ok. É a história do momento lá para os lados de Hollywood. Protagonista? Não, não é a Paris Hilton e os seus filmes caseiros, mas sim um actor que aprecio bastante, Christian Bale. Pois parece que o jovem Christian, o mais recente Batman, perdeu a cabeça quando o director de fotografia do filme que o jovem actor se encontra a rodar, Terminator 4, o distrai durante uma cena, ao entrar acidentalmente no raio de visão do jovem actor, no set , durante a filmagem da mesma. Parece que o jovem actor ainda não conseguiu despir a pele de American Psycho, já que enxovalha o director de fotografia de uma maneira sub-humana, completemente louco, que mesmo a incompetência de alguém que trabalhe conosco não justifica. Para mim não justifica. E quem anda por estas andanças, sabe perfeitamente que o trabalho dos técnicos é complexo, e que por vezes é preciso ir por tentativa e erro, até se chegar ao pretendido. Um exemplo? A fotografia, pois claro. A iluminação. E mesmo que tal não fosse o caso, nada justifica a reacção do jovem actor, que até aprecio. Se um dia me cruzar com ele, e o mesmo vier para cima de mim com este comportamento, se calhar volta a fazer um Batman, de cadeirinha de rodas e comer sopinhas por uma palhinha. Ficamos esclarecidos, jovem Christian? Óptimo. Agora vai lá respirar fundo, fazer Yoga, fumar um charro, o que quiseres, mas acalma-te porque até nem trabalhas mal. Ou os realizadores que têm trabalhado contigo têm feito magia...

P.S: obrigado Miguel Loureiro, pela divulgação deste momento que tem tanto de triste, como de curioso...


Keane-Better than This

Sou fã dos Keane. Para mim são os herdeiros daquele pop-rock dos anos 80 que me marcará para toda a vida. E conseguem, no meio de melodias enebriantes, transmitir as mensagens mais desconcertantes, um pouco como David Bowie, Bruce Springsteen ou Frankie Goes to Hollywood o fizeram, e ainda vão fazendo nalguns casos. E cá fica a minha música de eleição do seu último álbum. Na ausência do video oficial, e dado o meu gosto pessoal por sessões de karaoke, disponibilizo-vos uma versão com a letra, para se purgarem, se quiserem. Ou então façam como eu, ouçam-na, e deixem-se levar...

P.S: o último álbum dos Keane chama-se "Perfect Symmetry". Desconcertante...

Amores Desencontrados

Sou fã do Bruno Aleixo. Sou fã do Programa do Aleixo. É simplesmente brilhante, e consegue pôr em formato TV um personagem mítico do mundo das anedotas português: o busto de Napoleão. Não vos vou contar a anedota aqui, mas que ela é boa, é. Além disso o Bruno brinda-nos sempre com um momento musical único, e obviamente que dos vários disponíveis, foi difícil seleccionar apenas um. Assumi um critério simples, que foi optar por aquele que me mandaram mais vezes pela net. Deixo-vos então com "Amores Desencontrados", música (se assim se poderá dizer) imortalizada (infelizmente) pelos Onda Choque... 


Monday, February 02, 2009

Slumdog Millionaire

Eu...eu...eu nem sei como começar, porque de cada vez que tento escrever alguma coisa sobre o filme que acabei de ver, "Slumdog Millionaire", eu...nem tenho palavras, eu...nem sei. Nem vou pôr o trailer. É o mais recente filme de Danny Boyle. É lindo. É único. É o filme do ano, para mim. É muito mais que um filme, para mim. It's written...

I'm Goin' Down

Num puro acto espontâneo, deu-me para partilhar mais esta música do Boss convosco. Mais uma daquelas que ainda hoje mexe comigo, e me põe com AQUELE sorriso, nada pequeno, por sinal...

The Boss

Lembro-me que, no Natal de 1984, me deram o primeiro vinil de música. Qual? "Born in the USA" de Bruce Springsteen. Os únicos vinis(?) que tinha até então eram de histórias infantis, em português do Brasil, claro.

Pedi ao "Pai Natal" o disco do Boss. Porque ouvia na rádio várias das músicas nele contidas, esperava ansiosamente que "Dancing in the Dark", "Glory Days", "Born in the USA" "I'm Goin' Down" ou "I'm on fire" tocassem repetidamente na aparelhagem que na altura havia em casa... Via na televisão alguns dos videoclips, numa espécie de "top+" da altura. Foi a partir dessa data que comecei a acompanhar (e nunca mais parei) a carreira de Bruce Springsteen, o meu primeiro grande ídolo musical. 

Graças à dedicação do meu grande amigo Pedro, fui arranjando todos os álbuns: primeiro o que se seguiu a "Born in the USA", "Tunnel of Love", ao qual se seguiu uma viagem aos anos 70, com "The River" e "Born to Run". "Nebraska" é um dos meus preferidos, pois faz-me viajar até "Atlantic City", uma das melhores músicas do Boss, na minha singela opinião.

Na primeira e única vez que veio a Portugal, lá estive, pois então. Naquele Maio de 1993, inesquecível...

O Boss (não o Hugo mas sim o Bruce) está na moda novamente. Atingiu o primeiro lugar nos principais tops, destronando loiras platinadas de mamas de plástico (coisa que até nem desgosto). O Boss está no topo, outra vez. Para mim nunca de lá saiu.

Deixo-vos com "Born to Run", uma das melhores músicas, e um dos melhores videos.

Bem hajas, Bruce Springsteen...


Sunday, February 01, 2009

Só é preciso...


...Amor. Dei-me conta a pensar, e sentir, o que felizmente sinto que é a essência do ser humano, ou pelo menos é a minha essência. É que sem Amor, não somos nada. Até podemos ter dinheiro, estatuto, educação, saber, mas se não tivermos Amor, não temos nada. Não há nada como o Amor dos pais, dos irmãos, dos filhos (ainda não cheguei lá, ainda...) da família em geral, dos amigos, do cão, do gato, do porquinho da India... Sim, porque para mim a amizade é uma forma de amar. Por isso gosto da forma como os anglo-saxónicos usam com enorme descontração a palavra "Love". Não têm grande pudor, nem fazem cerimónias em dizer "I Love you". Porque o amor é isso, é natural. Acontece, escrevi eu há pouco tempo. Hoje acho que mais que acontecer, já nasce conosco, e dentro de mim não morre. Só cresce.

Não há nada melhor que sentir esse Amor, dos pais, pelos pais, da família, pela família, dos amigos, pelos amigos...

Para mim, só dá Amor. Nesse aspecto sou impecável...

Thursday, January 29, 2009

Já está!

Já não há Fofinha... Há dores, bastantes, e pontos. Os pontos ainda vá, agora as dores... Há coisas piores, já sei. Uma coisa boa desta experiência. Sempre que puderem escolham epidoral. Uma epidoral e um bom drunfo fazem a alegria de qualquer paciente durante uma cirurgia. Até porque vi algumas pessoas a acordarem de anestesias gerais, um espectáculo de sofrimento, ao nível de ter que aturar o Mário Nogueira por mais de 5 segundos...

Agora vou só ali e já venho.

Haja saúde!

Tuesday, January 27, 2009

Adeus Fofinha...

É com a total ausência de tristeza que digo adeus à minha Fofinha. Isto apesar do muito que vivemos juntos, das noites em que dormimos colados um ao outro... É que eu sinto falta do meu espaço, a minha Fofinha tem vindo a perseguir-me (literalmente) para todo o lado, onde quer que eu vá. Tomamos duche juntos, o pequeno-almoço, almoço e jantar juntos, se tenho um jantar de amigos vens comigo, e até o boxe! Para já não falar do trabalho, nem no trabalho me largas. Assim não dá! Dá-me espaço Fofinha! Eu preciso desse espaço! Estou a sentir-me sufocado! Estás a sufocar-me, Fofinha... 

Não te levo a mal, no entanto. Sei que não fazes de propósito, sei que não é com intenção, sei até que só me queres bem. Mas eu não consigo mais. Eu não aguento mais. Por isso tomei esta decisão. É a última vez que dormimos juntos, Fofinha. A partir de amanhã, nunca mais me apanhas, nunca mais me vês. Adeus Fofinha, até nunca...

P.S: Fofinha foi o nome querido que resolvi dar à minha hérnia inguinal. Como já devem ter percebido, dentro de poucas horas vou à faca. E perguntam vocês, e muito bem, o que é uma hérnia inguinal? Ora, uma hérnia inguinal é a presença de um abaulamento semelhante a um caroço que aparece perto da virilha. Este caroço aparece quando uma parte do intestino "escapa" através de uma área de fraqueza na parede abdominal chamada canal inguinal. O canal inguinal é uma passagem natural através da parede abdominal, perto da virilha, e (nos homens) serve como uma rota normal para os testículos descerem em direcção ao escroto, antes do nascimento. Após o nascimento, este canal tende a fechar-se, não permitindo a passagem do intestino por esse orifício. Mas no caso da hérnia, essa passagem mantém-se aberta, deixando-o livre. O desporto é um dos principais causadores de hérnias inguinais.  Que se lixe, amanhã já eras, Fofinha...

Sunday, January 25, 2009

José Cid

Sou fã de José Cid. Assumo aqui que sou fã de José Cid. Atenção que não estou a dizer que sou fã daquele bixo morto que ele trás na cabeça, que mais parece um mamífero de pequeno porte encontrado na berma da A2, depois de ter sido passado a ferro por um camião tir...

Sou fã das suas músicas. É para mim o maior cantor romântico português da actualidade, e é, a par do saudoso Tony de Matos, um dos maiores de sempre. Quem, como eu, já teve a oportunidade de o ver (e ouvir!) ao vivo sabe que é um verdadeiro entertainer, e que ao contrário de muitos pré-fabricados em estúdio, canta que se desunha ao vivo. Bem hajas, grande Zé Cid!

Eu...

...não digo o que os outros querem ouvir, digo o que penso e, sobretudo, o que sinto. 

E agora, depois desta dicertação, vou rever "RocknRolla", o último filme de Guy Ritchie. É daqueles filmes que não cansa...

Thursday, January 22, 2009

O que tu queres sei eu...

Eu costumo receber frequentemente vídeos do youtube, que os meus queridos amigos se lembram de mandar. Confesso que muitas vezes tenho vontade de os insultar por me encherem a caixa de mail com perfeitas inutilidades. Mas há umas pérolazinhas que vão aterrando de vez em quando nessa mesma caixa de mail. Inicio, portanto, uma nova rúbrica neste blog, que chamarei "O que tu queres sei eu...". E para abrir as hostilidades, uma pérola do saber universal... 

Tuesday, January 20, 2009

Para o meu amigo Jaime...

Jaime:

Sabes que nós, os teus amigos, a tua família, colegas, vamos continuar a trazer-te no coração. Portanto, sem dramas e em festa vamos-te recordar. Todos os momentos bons serão recordados e partilhados por nós, entre nós. Porque assim gostarias que fosse, assim temos a certeza. E também acreditamos que agora estarás melhor do que antes, mesmo que o nosso sentimento de perda nos crie aquela angústia que tu sabes. Ninguém está preparado para a partida dos que nos são queridos...

Ontém partiste, mas continuas sempre conosco...

Monday, January 19, 2009

RocknRolla

Pois. Tenho fases assim. Passo meses sem ir ao cinema, o que não é o mesmo que dizer que passo meses sem ver filmes, já que vejo filmes praticamente todos os dias. Mas agora tem-me apetecido mais ir ao cinema. E vi RocknRolla, o último filme de Guy Ritchie. Não o vou tratar por ex-marido de Madonna, porque ele vale por si mesmo.

Sou um fã do universo de Guy Ritchie. Gangsters, gente podre, sem escrúpulos, sempre com um golpe para dar. Os twists são mais que muitos, em todos os seus filmes. Digo todos, porque no único muito-pouco-filme em que deixou participar a sua ex (sob coacção de certeza) espalhou-se ao comprido...

Desde Lock, Stock, passando por Snatch e Revolver, que sigo a obra de Guy Ritchie, um dos melhores realizadores da actualidade (na minha humilde opinião). Com os seus filmes não se aprende muito sobre a vida, mas aprendemos a manter-mo-nos fiéis a nós próprios. Se somos gangsters, pois assim seja. 

RocknRolla é mais uma obra de arte do nosso amigo Guy. Uma estrela Rock junkie até à quinta casa, dois produtores musicais new age, o mafioso conceituado, um milionário russo amante de futebol e dono de um grande clube inglês (onde é que eu já vi isto...) um grupo de ladrões e mal feitores, e uma contabilista mais mafiosa que os outros todos juntos que referi até agora, fazem as delícias de qualquer amante da sétima arte. E acção, muita acção, embebida numa banda sonora electrizante. Palavras para quê? Let's just look at the trailer...

Sunday, January 18, 2009

The curious case of Benjamin Button

...foi o filme que fui ver hoje ao cinema. Um filme realizado por David Fincher, o mesmo de Fight Club e Seven-sete pecados mortais, que mais uma vez nos surpreende, conseguindo criar mais uma obra digna de distinção, não se coibindo de recorrer às novas tecnologias cinematográficas, qual mágico a sacar coelhos da cartola.

Em português "O estranho caso de Benjamin Button", este filme confronta-nos com a verdadeira realidade dos factos: somos, durante toda a nossa vida, postos em rota de colisão (no bom sentido) com algo ou alguém, e por mais que tentemos ludibriar essa invitabilidade, não conseguimos. Mesmo desafiando as leis supremas do tempo ou da natureza humana, não conseguimos. E ainda bem, porque é nos momentos de colisão que muitas vezes sentimos, e nos lembramos que estamos vivos. Lembra-nos que acontece o que tem que acontecer. Lembra-nos que a paixão e o amor acontecem, mesmo que se tente fugir. Lembra-me que há coisas que não são efémeras, há coisas que duram...O tempo, esse, anda sempre num sentido, não olha para trás, vá por onde for...

Brad Pitt e Kate Blanchet são os (brilhantes) protagonistas deste filme fantástico, que comove até o mais calhau dos calhaus.

And now, let's look at the trailer...


Thursday, January 15, 2009

Da noite para o dia...

A noite. A noite é boa conselheira, dizem. É na noite que me cruzo com muita gente, mas não é na noite que conheço essas pessoas que de alguma forma me chamam a atenção. Não mesmo. Pergunto-vos (aos dois inconscientes que continuam a frequentar aqui o "boteco") como já me perguntei a mim, se alguma vez conheceram alguém na noite. Eu falo de conhecer-conhecer. Não conhecer-estar, conhecer-gozar, conhecer-curtir, conhecer-comer. Conhecer-conhecer. É verdade que o primeiro passo, o primeiro contacto pode ser na noite, mas isso será apenas o princípio, que se prolongará nos dias, meses, anos, seguintes. 

Eu não sou preconceituoso, mas confesso que costumo desprezar esses "encontros imediatos" na noite. Não fujo deles, vivo-os, mas não lhes costumo dar qualquer valor. Se eles têm valor, se a pessoa que me é apresentada ou à qual me apresento num desses momentos me desperta realmente a curiosidade de conhecer, se o impacto é forte então vou querer estar com essa pessoa, vê-la, ouvi-la, falar-lhe, senti-la, dar-me, e estar disponível para receber, eventualmente...

Irrita-me, e como disse não fujo disso, o ambiente de "caçada" em que a noite se transforma. É um sentimento contraditório, umas vez que adoro jogos de sedução e flirt, adoro falar com pessoas que nunca vi na vida, adoro estar e aprender com as pessoas. À partida, todas sem excepção. Mas rapidamente me vejo a vestir a "pele" de caçador ou presa, no meio desses jogosde engate, que eu adoro. É verdade, adoro, mas são efémeros. Da mesma forma que aparecem desaparecem, e depois provocam-me um vazio, que tento preencher no minuto seguinte, dando início a mais uma "caçada", em que ou visto a pele de cordeirinho indefeso ou carrego todo o armamento que tenho disponível e disparo em várias direcções. Alguém há-de cair...

Mas depois vem o vazio...

Podem-me chamar idealista, mas o que sinto falta, o que quero partilhar, o que quero contruir (eventualmente) são momentos (não soltos) em que dou a mão a alguém que realmente conheço ou que quero conhecer, e vou passear à praia e ver o mar, almoçar ou jantar fora, passear por Lisboa (não por Chelas claro) alguém para partilhar abraços, para sentir o outro coração e o meu baterem juntos, para falar sobre música, livros, filmes, banalidades, cores, emoções, sentimentos. Alguém com quem se discute também, para resolver situações-limite de uma vez, alguém com quem se aprende... Já sei, é um cliché atrás do outro, mas como já sabem eu acho que um cliché não é necessariamente mau. 

Hoje o que acontece é mais ou menos o seguinte: "olá tudo bem? Vamos jantar? Boa, vou-te buscar às X horas, depois vamos beber uns copos e acabamos a comer-nos", eventualmente... Sim, já sei que hoje em dia temos um dia a dia mais intenso a nível profissional, que temos menos tempo para viver o que é impossível descrever na plenitude em palavras: emoções e sentimentos. Erro nosso, então. Erro esse que tem solução. Não reduzo o ser humano ao lado racional, mesmo. Uma relação entre duas pessoas não tem apenas um lado racional. O que a torna de facto especial é o lado não racional, é o que faz a diferença, é o que distingue alguém de tantos outros que nos passam à frente.

Há lá coisa melhor e mais intensa que a entrega? E o adormecer junto? O dormir junto? O acordar junto? Há maior intimidade? É um processo que começa à noite, e não na noite.

Por isso estou a fazer a passagem da noite para o dia. Onde me (nos) vai levar, não sei, mas o que sinto e penso é bom, muito bom. Mas são coisas que acontecem, não se encomendam. Por isso o que tiver que acontecer acontecerá...

Sou optimista por natureza.