Thursday, April 30, 2009

Hoje...

...assisti a um daqueles momentos que podem mudar a vida de alguém. Num cruzamento movimentado da nossa Lisboa, cruzamento esse onde se pode assistir regularmente ao espectáculo lamentável que são os acidentes de automóvel, assisti hoje a um desses acidentes, que poderia ter provocado ainda mais estragos. Um carro bate numa mota, cuspindo o motard de maneira a que este desse um mortal e caísse de costas. Foi tudo muito rápido, são frames na nossa vida, terá demorado um segundo e qualquer coisa...

O rapaz que conduzia a mota, após o embate com o chão, sentou-se, tentou levantar-se, mas as dores num pé eram muitas, pelo que rapidamente desistiu da ideia. Felizmente, no meio de tamanho acidente, uma ambulância esperava a oportunidade de atravessar o mesmo cruzamento, pelo que os respectivos enfermeiros rapidamente socorreram o jovem acidentado. Eu próprio me precipitei em auxílio do mesmo, mas vendo que estava em boas mãos, abandonei o local, pois chegamos a um ponto em que apesar da boa vontade, atrapalhamos mais do que ajudamos. Não sei como acabou, mas sei que o rapaz estava consciente e aparentemente os danos eram apenas na região do pé direito.

E perguntam-me vocês, os dois ronhas que não têm mais nada que fazer e de vez em quando aqui aparecem: "Olha lá, ó Miguel, e?" Bem, eu respondo. É que me fez pensar e sentir que num frame o filme da nossa vida pode dar um twist daqueles, vulgo reviravolta, e que devemos é viver para sermos e fazermos felizes. Por isso te liguei, por isso fui ter contigo. E porque me dava jeito a tua ajuda no trabalho, claro, trabalho esse que também me faz muito feliz... Confesso que me apeteceu visitar e falar com mais uma série de pessoas de quem gosto muito, mas o poder estar com uma delas como que me encheu a alma e o coração, num momento destes. Não dou mais importância ao acidente, ele foi o que foi, serviu apenas de alerta, alerta para estabelecer prioridades e objectivos, e ajudou a esclarecer sentimentos...

Agora vou só ali arrumar mais um por cento do meu castelo-que-encolheu-num-programa-de-lavagem-desadequado...

Monday, April 27, 2009

"Mankind is no island" by Jason van Genderen

É uma curta, filmada inteiramente com um telemóvel. É simples, e simplesmente arrebatadora, avassaladora, brutal, e bem objectiva. Mostra que mesmo sem grandes recursos, se há vontade, se se quer, consegue-se fazer. Uma lição. É bom de ver...

Sunday, April 26, 2009

Eu...

...arrepender-me-ia muito mais se não tivesse tentado fazer o que fiz. Por um momento que fosse. A vida é mesmo assim, tentativa e erro, e eu não me inibo nada de tentar, errar e voltar a tentar. É como andar de skate. Um exemplo perfeito, na minha modesta opinião. Ando de skate, tento manobras novas, caio, e levanto-me. Tento de novo, caio, e volto a levantar-me. Até conseguir...E depois sigo para outra manobra nova...

P.S: é tão importante saber dar, como saber receber. E eu, modéstia à parte, nesse aspecto sou impecável. Isto não é uma lição de vida. É mera constatação.

Wednesday, April 22, 2009

Hoje, se pudesse, voltava atrás...

Hoje aconteceu-me um daqueles momentos raros na minha vida. Digo raros, felizmente. Isto porque quis fazer sentir muito bem alguém, porque quis surpreender alguém, pela positiva. Resultado? Utilizando a gíria futebolística, mandei à trave. Ou se preferirem, mandei completamente ao lado. Infelizmente...

Preparei a surpresa cuidadosamente, engendrei um plano, de forma a não falhar, a que toda a minha boa intenção chegasse ao seu destino, chegasse a ti. Mas não, aparentemente levei até ti um pesadêlo, e compreendo. Agora compreendo, e lamento. A princípio pensei: "mas era uma surpresa boa, é para ti, é um presente, que acho que vais gostar! é para te fazer feliz!"... A princípio fez-me confusão a reacção oposta ao que eu esperava. Então se era para ser bom, como é que o sentes como mau? A resposta está no meio que utilizei. Para fazer chegar até ti a surpresa, foi a maneira completamente errada para te tentar surpreender pela positiva. Agora sei-o, mas antes pareceu-me a forma perfeita de te roubar aquele sorriso. Projectei uma possível reacção tua, e só vi sorrisos e alegria, com aquele picanço saudável que nos caracteriza. Quando dou, não espero gratidão, só quero é ver alegria e felicidade. Mas nada disso aconteceu. Infelizmente.

És provavelmente das pessoas que mais gosto, e não escolhi para que assim fosse. Mas és. Sem qualquer intenção perversa, toquei-te na ferida. E magoei-te. 

Mas sabes uma coisa? Escolhi aquela forma de te tentar surpreender, pela positiva, porque tudo o que te disse é verdade. O tema que escolhi, tudo o que te disse sobre ele é verdade. E antes de te conhecer não sabia lidar com ele, e tu ensinaste-me como lidar com esse tema. Ensinaste-me sem querer, sem quereres dar-me qualquer lição. Ensinaste-me a não sobrecarregar o que já por si só não é bom, em relação a esse tema. Deste-lhe um toque de descontração que me faltava, ao lidar com esse tema. E por isso, sem querer, hoje abusei desse tema, contigo. Provavelmente até pensaste que estava a gozar com a tua cara, mas não. Nem me queria referir ao teu caso, mas sim ao meu, de uma forma descontraída. O resultado? Ao lado...

Não trago dentro de mim qualquer maldade. Mesmo. Nem rancores, nem sentimentos de vingança, nem a perversão de gostar de fazer sofrer. Espero que acredites que o que fiz, fiz com uma única intenção: a de te fazer feliz. É pretensioso da minha parte, tentar num gesto mudar o antes, e tornar melhor o presente e o depois? É egoísmo da minha parte fazer tudo e mais alguma coisa, desde que com boas intenções, para conseguir atingir esse objectivo? Deste-me a tua opinião sobre isso, o que sentiste. Como disse, admiro a tua frontalidade, mas egoísmo e pretensiosismo nunca moraram dentro de mim, em todos os segundos que estive contigo, ou em que preparei esta surpresa. Nem são características da minha pessoa, felizmente...

Se soubesse o que sei hoje teria feito de maneira diferente. Mas estamos sempre a aprender, certo? E viver é aprender. O que fiz está feito, não posso refazer. Mas para a frente é que é o caminho, e espero poder encher-te de mimos. Gosto de mimar as pessoas de quem gosto, mesmo. Sem egoísmos e prentensiosismos. Não com sentido de compensação pelos danos causados. Faço-o de coração, porque só assim sei fazer. Não sei fazer de outra maneira, mesmo.

Hoje justifico-me, como não o fazia há muito tempo. Porquê? Porque gosto muito, muito de ti...

Hoje, se pudesse, voltava atrás...

Uma última palavra, de mim para ti: desculpa...

P.S: não sei se alguma vez irás ler o que acabei de escrever, mas foi a forma que encontrei para mandar cá para fora. E já sei que as desculpas não se pedem, evitam-se, mas reconhecer que se pode fazer bem melhor do que se fez é bom, é ter a noção das coisas. E mais vale tê-la, do que andar a repetir vezes sem conta a mesma coisa...

Friday, April 17, 2009

Eu...

...ainda não sei bem qual é o teu papel na minha vida. Nem o meu na tua. Mas sinto que é importante. 

"O que for, quando for, é que será o que é".
                                By Fernando Pessoa

Eu...

...voltei a surfar, depois de 8 longos meses de abstinência. Foi mágico! É mágico... Desde o sentir um formigueiro a percorrer-me o corpo ao arrumar a tábua, fato, shop, etc para me fazer à estrada. Desde o vestir à pressa, carregado de ansiedade por entrar dentro de água, por sentir aquela energia, que nos é dada pelo mar. Não sou de certeza um "grande" surfista, se comparado com quem compete, com quem surfa diariamente. Surfo sempre que posso, e assim me faz feliz. Mesmo. É estranho, as ideias e sentimentos relacionados com o surf vão-se encavalitando, à medida que vou escrevendo. 

A primeira onda, primeira queda. Mas à segunda, à segunda foi brutal! Era fome misturada com vontade de comer. E outras se seguiram, mesmo a partir do momento em que já parecia ter tijolos nos ombros, mais precisamente nos trapézios. Faz-me lembrar a sensação de fazer amor (chamem-lhe o que quiserem) com uma mulher de quem gostamos mesmo, pela primeira vez. É como se quisesse dar logo tudo, porque o que me move é tão forte...

E os amigos, nada como surfar com os amigos, e até esse privilégio tive. 

Vim a sorrir para casa. Ainda estou com esse sorriso, e ninguém mo tira. Amanhã lá estarei, mesmo...

P.S: e fazer xixi no fato? Ah pois é! Não há melhor...

Friday, April 10, 2009

O segredo de um cuscuz

Recentemente preenchi uma das minhas maiores lacunas cinematográficas, que era o facto de ainda não ter visto o filme "O segredo de um cuscuz". Só hoje escrevo sobre o filme. Uma história que gira em torno de uma família francesa de origem árabe, em que o pai de família tenta a todo o custo lutar contra a desagregação da sua família, sendo que também ele contribuiu para essa desagregação. É a luta por uma vida digna, por um objectivo de vida, é a aventura de uma vida. Recheada de amores e desamores, momentos conturbados, no mínimo. O cuscuz aparentemente mantém alguma união em torno daquela família, como que por magia. Obrigatório ver. E a banda sonóra, é absolutamente fantástica...

Citação

"Venha o que vier! Começam a noite impecáveis...lolol! Bebem umas jolas e bamba saias transformam-se em cachecois e sapatos em pulseiras, o rímel passa a ser pintura de guerra e um homem é sinal de CARPE DIEM!"

by Inês Abreu

Eu...

...hoje dormi praticamente 12 horas, sendo que ainda estive deitado mais umas duas, à vontade. O corpo pedia há dias este merecido descanso, e naturalmente "desliguei-me", entrei em modo de sono profundo, sem saber bem como. É bom, muito bom, pois acordei carregadinho, qual coelho de uma famosa marca de pilhas. E agora segue-se uma daquelas tardes profundamente mergulhadas no sofá, alternada por momentos de criatividade duvidosa.

Agora vou só ali pôr a máquina da roupa a lavar. O dever chama...

Friday, April 03, 2009

dEUS-The Architect

É mais uma que tem dado côr aos meus dias...

A mil...

Ando a mil. É bom, muito bom, e desafiante. Não implica, no entanto a ausência de vida pessoal, mas a verdade é que o lado profissional se tem sobreposto. Só que tenho tido direito a umas "pérolas" de convivio com os amigos, que funcionam como balões de oxigénio para um corpo e uma mente longe da hipertrofia. Daí a minha ausência. 

No meio disto tudo, vão acontecendo surpresas, boas surpresas, felizmente. É daqueles acasos da vida, ou será que não são acasos? Será que de alguma maneira não os encomendei? Independentemente disso, que venham, se vierem por bem. Agora vou continuar a mil, porque corro, e sinto que não me canso. 

P.S: os jantares com amigos são mesmo das melhores coisas do mundo... E uma banda sonora para esta fase? pois cá vai...