Já não há Fofinha... Há dores, bastantes, e pontos. Os pontos ainda vá, agora as dores... Há coisas piores, já sei. Uma coisa boa desta experiência. Sempre que puderem escolham epidoral. Uma epidoral e um bom drunfo fazem a alegria de qualquer paciente durante uma cirurgia. Até porque vi algumas pessoas a acordarem de anestesias gerais, um espectáculo de sofrimento, ao nível de ter que aturar o Mário Nogueira por mais de 5 segundos...
É com a total ausência de tristeza que digo adeus à minha Fofinha. Isto apesar do muito que vivemos juntos, das noites em que dormimos colados um ao outro... É que eu sinto falta do meu espaço, a minha Fofinha tem vindo a perseguir-me (literalmente) para todo o lado, onde quer que eu vá. Tomamos duche juntos, o pequeno-almoço, almoço e jantar juntos, se tenho um jantar de amigos vens comigo, e até o boxe! Para já não falar do trabalho, nem no trabalho me largas. Assim não dá! Dá-me espaço Fofinha! Eu preciso desse espaço! Estou a sentir-me sufocado! Estás a sufocar-me, Fofinha...
Não te levo a mal, no entanto. Sei que não fazes de propósito, sei que não é com intenção, sei até que só me queres bem. Mas eu não consigo mais. Eu não aguento mais. Por isso tomei esta decisão. É a última vez que dormimos juntos, Fofinha. A partir de amanhã, nunca mais me apanhas, nunca mais me vês. Adeus Fofinha, até nunca...
P.S: Fofinha foi o nome querido que resolvi dar à minha hérnia inguinal. Como já devem ter percebido, dentro de poucas horas vou à faca. E perguntam vocês, e muito bem, o que é uma hérnia inguinal? Ora, uma hérnia inguinal é a presença de um abaulamento semelhante a um caroço que aparece perto da virilha. Este caroço aparece quando uma parte do intestino "escapa" através de uma área de fraqueza na parede abdominal chamada canal inguinal. O canal inguinal é uma passagem natural através da parede abdominal, perto da virilha, e (nos homens) serve como uma rota normal para os testículos descerem em direcção ao escroto, antes do nascimento. Após o nascimento, este canal tende a fechar-se, não permitindo a passagem do intestino por esse orifício. Mas no caso da hérnia, essa passagem mantém-se aberta, deixando-o livre. O desporto é um dos principais causadores de hérnias inguinais. Que se lixe, amanhã já eras, Fofinha...
Sou fã de José Cid. Assumo aqui que sou fã de José Cid. Atenção que não estou a dizer que sou fã daquele bixo morto que ele trás na cabeça, que mais parece um mamífero de pequeno porte encontrado na berma da A2, depois de ter sido passado a ferro por um camião tir...
Sou fã das suas músicas. É para mim o maior cantor romântico português da actualidade, e é, a par do saudoso Tony de Matos, um dos maiores de sempre. Quem, como eu, já teve a oportunidade de o ver (e ouvir!) ao vivo sabe que é um verdadeiro entertainer, e que ao contrário de muitos pré-fabricados em estúdio, canta que se desunha ao vivo. Bem hajas, grande Zé Cid!
Eu costumo receber frequentemente vídeos do youtube, que os meus queridos amigos se lembram de mandar. Confesso que muitas vezes tenho vontade de os insultar por me encherem a caixa de mail com perfeitas inutilidades. Mas há umas pérolazinhas que vão aterrando de vez em quando nessa mesma caixa de mail. Inicio, portanto, uma nova rúbrica neste blog, que chamarei "O que tu queres sei eu...". E para abrir as hostilidades, uma pérola do saber universal...
Sabes que nós, os teus amigos, a tua família, colegas, vamos continuar a trazer-te no coração. Portanto, sem dramas e em festa vamos-te recordar. Todos os momentos bons serão recordados e partilhados por nós, entre nós. Porque assim gostarias que fosse, assim temos a certeza. E também acreditamos que agora estarás melhor do que antes, mesmo que o nosso sentimento de perda nos crie aquela angústia que tu sabes. Ninguém está preparado para a partida dos que nos são queridos...
Pois. Tenho fases assim. Passo meses sem ir ao cinema, o que não é o mesmo que dizer que passo meses sem ver filmes, já que vejo filmes praticamente todos os dias. Mas agora tem-me apetecido mais ir ao cinema. E vi RocknRolla, o último filme de Guy Ritchie. Não o vou tratar por ex-marido de Madonna, porque ele vale por si mesmo.
Sou um fã do universo de Guy Ritchie. Gangsters, gente podre, sem escrúpulos, sempre com um golpe para dar. Os twists são mais que muitos, em todos os seus filmes. Digo todos, porque no único muito-pouco-filme em que deixou participar a sua ex (sob coacção de certeza) espalhou-se ao comprido...
Desde Lock, Stock, passando por Snatch e Revolver, que sigo a obra de Guy Ritchie, um dos melhores realizadores da actualidade (na minha humilde opinião). Com os seus filmes não se aprende muito sobre a vida, mas aprendemos a manter-mo-nos fiéis a nós próprios. Se somos gangsters, pois assim seja.
RocknRolla é mais uma obra de arte do nosso amigo Guy. Uma estrela Rock junkie até à quinta casa, dois produtores musicais new age, o mafioso conceituado, um milionário russo amante de futebol e dono de um grande clube inglês (onde é que eu já vi isto...) um grupo de ladrões e mal feitores, e uma contabilista mais mafiosa que os outros todos juntos que referi até agora, fazem as delícias de qualquer amante da sétima arte. E acção, muita acção, embebida numa banda sonora electrizante. Palavras para quê? Let's just look at the trailer...
...foi o filme que fui ver hoje ao cinema. Um filme realizado por David Fincher, o mesmo de Fight Club e Seven-sete pecados mortais, que mais uma vez nos surpreende, conseguindo criar mais uma obra digna de distinção, não se coibindo de recorrer às novas tecnologias cinematográficas, qual mágico a sacar coelhos da cartola.
Em português "O estranho caso de Benjamin Button", este filme confronta-nos com a verdadeira realidade dos factos: somos, durante toda a nossa vida, postos em rota de colisão (no bom sentido) com algo ou alguém, e por mais que tentemos ludibriar essa invitabilidade, não conseguimos. Mesmo desafiando as leis supremas do tempo ou da natureza humana, não conseguimos. E ainda bem, porque é nos momentos de colisão que muitas vezes sentimos, e nos lembramos que estamos vivos. Lembra-nos que acontece o que tem que acontecer. Lembra-nos que a paixão e o amor acontecem, mesmo que se tente fugir. Lembra-me que há coisas que não são efémeras, há coisas que duram...O tempo, esse, anda sempre num sentido, não olha para trás, vá por onde for...
Brad Pitt e Kate Blanchet são os (brilhantes) protagonistas deste filme fantástico, que comove até o mais calhau dos calhaus.
A noite. A noite é boa conselheira, dizem. É na noite que me cruzo com muita gente, mas não é na noite que conheço essas pessoas que de alguma forma me chamam a atenção. Não mesmo. Pergunto-vos (aos dois inconscientes que continuam a frequentar aqui o "boteco") como já me perguntei a mim, se alguma vez conheceram alguém na noite. Eu falo de conhecer-conhecer. Não conhecer-estar, conhecer-gozar, conhecer-curtir, conhecer-comer. Conhecer-conhecer. É verdade que o primeiro passo, o primeiro contacto pode ser na noite, mas isso será apenas o princípio, que se prolongará nos dias, meses, anos, seguintes.
Eu não sou preconceituoso, mas confesso que costumo desprezar esses "encontros imediatos" na noite. Não fujo deles, vivo-os, mas não lhes costumo dar qualquer valor. Se eles têm valor, se a pessoa que me é apresentada ou à qual me apresento num desses momentos me desperta realmente a curiosidade de conhecer, se o impacto é forte então vou querer estar com essa pessoa, vê-la, ouvi-la, falar-lhe, senti-la, dar-me, e estar disponível para receber, eventualmente...
Irrita-me, e como disse não fujo disso, o ambiente de "caçada" em que a noite se transforma. É um sentimento contraditório, umas vez que adoro jogos de sedução e flirt, adoro falar com pessoas que nunca vi na vida, adoro estar e aprender com as pessoas. À partida, todas sem excepção. Mas rapidamente me vejo a vestir a "pele" de caçador ou presa, no meio desses jogosde engate, que eu adoro. É verdade, adoro, mas são efémeros. Da mesma forma que aparecem desaparecem, e depois provocam-me um vazio, que tento preencher no minuto seguinte, dando início a mais uma "caçada", em que ou visto a pele de cordeirinho indefeso ou carrego todo o armamento que tenho disponível e disparo em várias direcções. Alguém há-de cair...
Mas depois vem o vazio...
Podem-me chamar idealista, mas o que sinto falta, o que quero partilhar, o que quero contruir (eventualmente) são momentos (não soltos) em que dou a mão a alguém que realmente conheço ou que quero conhecer, e vou passear à praia e ver o mar, almoçar ou jantar fora, passear por Lisboa (não por Chelas claro) alguém para partilhar abraços, para sentir o outro coração e o meu baterem juntos, para falar sobre música, livros, filmes, banalidades, cores, emoções, sentimentos. Alguém com quem se discute também, para resolver situações-limite de uma vez, alguém com quem se aprende... Já sei, é um cliché atrás do outro, mas como já sabem eu acho que um cliché não é necessariamente mau.
Hoje o que acontece é mais ou menos o seguinte: "olá tudo bem? Vamos jantar? Boa, vou-te buscar às X horas, depois vamos beber uns copos e acabamos a comer-nos", eventualmente... Sim, já sei que hoje em dia temos um dia a dia mais intenso a nível profissional, que temos menos tempo para viver o que é impossível descrever na plenitude em palavras: emoções e sentimentos. Erro nosso, então. Erro esse que tem solução. Não reduzo o ser humano ao lado racional, mesmo. Uma relação entre duas pessoas não tem apenas um lado racional. O que a torna de facto especial é o lado não racional, é o que faz a diferença, é o que distingue alguém de tantos outros que nos passam à frente.
Há lá coisa melhor e mais intensa que a entrega? E o adormecer junto? O dormir junto? O acordar junto? Há maior intimidade? É um processo que começa à noite, e não na noite.
Por isso estou a fazer a passagem da noite para o dia. Onde me (nos) vai levar, não sei, mas o que sinto e penso é bom, muito bom. Mas são coisas que acontecem, não se encomendam. Por isso o que tiver que acontecer acontecerá...
Este post é dedicado a quem já me deu facadas nas costas, seja porque motivo for.
Este post é dedicado a alguém que me faltou à palavra ontém. Não digo nomes, porque eu ando para a frente, não perco tempo nenhum com gente assim. Sigo em frente.
Só um esclarecimento. Antes de alguns de vós (os dois aficionados deste blog) começarem a fazer filmes, digo-vos já que foi uma questão de trabalho que motivou este post. No entanto, se houver alguém a quem sirva a carapuça, por favor não se sinta rogado. E se a carapuça efectivamente serviu, então ainda vos dedico uma música, sim porque atribuo músicas a pessoas, estados de espírito e acontecimentos... No fim da letra vão encontrar uma versão semi-karaoke, para curtirem ainda mais a tristeza que são...
Pois é, este sou eu com um piquinho a acidez. Ou com um pouco mais que um piquinho... É que eu não sou feito de plástico, não sou uma mentira...
Só mais uma coisa. Não sou pretensioso, but don't fuck with me (escrevi em inglês não vá a minha avó vir aqui ao meu blog)...
Agora sim, a música.
HIGH ROAD by Fort Minor
Let's go ya'll
These people are running off at the mouth
Tryin' to convince me that i'm running on empty
Tryin' to convince themselves that the record with Jay was a fluke
That the record that i'm makin' is a mistake
and i can't take this
Let me tell you where i'm at with this
You bastards are gonna have to take back that shit
I'm not plastic and fake
When i make tracks i take facts and lay them out for the masses
You assholes are gonna see soon that i'm not playing
And start asking me the names that i'm not saying
But i'm trying to be bigger than that bickerin
bigger than the petty name callin
under the breath talkin
rumors and labels and categorization
I'm like struggling doctor, No patients
But you can say what you want about me
keep talking while i'm walking away
(Bitches)
You can say what you have to say
'cause my mind's made up anyway
I'm taking the high road going above you
this is the last time that i'm gonna trust you
You can say what you have to say
'cause mind's made up anyway
all that bullshit you talk might work a lot
but it's not gonna work today
You people are running off at the mouth
Trying to make me take myself off safety
Trying to make my friends turn their backs on the team we built
building up some mistaken information
and i can't take this
Let me spell it out plain for you
angry groups complain about the things we do
I'm not changing direction, i'm stepping my game up
Maintaining my name, the same way i came up
You're gonna see that i'm not playing
and start asking me the names that i'm not saying
but i'm trying not to mention the names of people who wanna siphon attention
You like the hype of pretending you're part of the picture won't pass
É verdade. Iniciámos um novo ano, um ciclo de 365 dias, para os quais as previsões não são as melhores, sob a ameaça de crise e recessão.
Pois eu entrei em 2009 junto de amigos, grandes amigos, a quem gosto de chamar família também. A noite correu muito bem, às mil maravilhas, mas o melhor estava guardado para o fim... Por esta altura vocês, os dois corajosos que frequentam este lounge de diarreia criativa, estão já ansiosos por pormenores sórdidos e picantes, mas a realidade é bem diferente. Graças às novas tecnologias tive o final de festa de fim/início de ano mais surpreendente e brutal que alguma vez tive, acho. Acho não, tenho a certeza... Acabei por aproveitar as novas tecnologias e vias de comunicação digitais para viajar até à pessoa com quem mais desejava ter passado o ano. E assim foi... Não me peçam mais pormenores, nem há palavras para decrever. O que seria! Ah Faneca! Bom ano! Vai ser, dê por onde der...
Bom Ano de 2009 para todos! Famíia, família de amigos, desconhecidos que irei conhecer, desconhecidos que assim continuarão... E para vocês mais um docinho para ajudar a começar bem este novo ciclo...
P.S: Se um amigo meu me dissesse o que acabei de escrever eu provavelmente dizia-lhe."ó zé (podia ser um nome qualquer) tu larga mas é o "cavalo" que isso anda-te a fazer mal". Pois, mas sem aditivos (não têm nada a ver comigo) foi assim que aconteceu, e foi lindo...