Os sentimentos e emoções, bem como os pensamentos são egoístas. E na minha humilde opinião não há mal nenhum nisso. É normal. O que sentimos, o que nos emociona, o que pensamos diz-nos respeito só a nós, na sua génese. Nascem e crescem em nós, impulsionados ou não por outras pessoas ou acontecimentos. Não podemos é ter a pretensão de que do(s) outro(s) lado(s) somos correspondidos.
Mas se os sentimentos, emoções, pensamentos, todos eles nascem em nós, então como é que existe a correspondência do outro lado? Esse é o lado mágico da relação das pessoas. É o lado que não se explica, e ainda bem... Claro que a não correspondência também não se explica (a não ser em questões radicais demais) e para essa procuramos mil e uma justificações, em vão...
Depois, ficamos sem saber se havemos de dizer e partilhar aquilo que nos vai cá dentro, ou não. Já experimentei guardar e contorcer-me para não "falar", e já experimentei exteriorizar tudo o que sinto, ou me emociona, ou penso... A primeira versão não tem nada a ver comigo, acho que pode vir a causar danos bem mais graves, guardam-se as coisas cá dentro e depois rebentam-nos nas mãos. A segunda é mais honesta, conosco e com os outros. E então se for por bem, não se magoa ninguém...
Agora, há um tema sobre o qual já escrevi e que pode vir a servir de "moderador" e ponto de equilíbrio no meio desta amálgama de impulsos interiores, que é a assertividade. Acho muito útil em questões do dia a dia, no trabalho e nas críticas negativas, para evitar conflitos graves e desnecessários. Saber falar quando é para falar, e aprender a estar calado quando é para se estar calado. Eu, apesar de ser frontal não posso esperar que do outro lado esteja uma pessoa que o seja também, ou que esteja preparada para tal. Acho que não serve de muito quando se trata de sentimentos, emoções ou pensamentos bons e positivos, pois como já disse, quem fala por bem, não magoa ninguém. Mas ainda estou a aprender...
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