Thursday, October 19, 2006

Scott Weiland: o poeta


O Grunge é o estilo de música que defenitivamente me marcou e marca, pois surgiu durante a minha adolescência, altura em que todos nós começamos a experimentar o sabor da vida, das melhores e das piores maneiras, pois a curiosidade que marca essa idade traz consigo uma vulnerabilidade gigantesca. É como andar no arame, o desafio é tentador, mas pode-se cair... Cair também faz parte do crescimento, do amadurecimento, desde esfolar os joelhos quando se cai a andar de skate, ou quando se mergulha no vazio da primeira paixão assolapada e não correspondida. E é tão bom cair, para nos levantarmos de seguida...
A banda que mais me marcou durante esse período é a banda que me acompanha todos os dias, desde 1992,altura em que foi lançado o seu primeiro álbum, "Core": Stone Temple Pilots. Sou um fã incondicional e infelizmente não consegui assistir ao seu primeiro e único concerto dos STP em Portugal. Mas deles farei noutra oportunidade. Hoje escrevo sobre Scott Weiland, o líder e vocalista da banda, e para mim um dos mais importantes poetas contemporâneos. Os seus poemas são o que são, e fazem-me sentir... É isso, fazem-me sentir, acima de tudo sentir. A melancolia sempre presente, uma profundidade que nos faz arder o estômago e o coração, uma violência e uma força que me desmembra...e a música... Daí ser quase impossível não falar dos STP quando digo "Scott Weiland". É de uma forma apaixonada que falo, porque sou de facto um apaixonado por música, por todos os estilos, mas quando me perguntam qual o músico ou banda de eleição, a resposta é imediata: Stone Temple Pilots, e consequentemente, Scott Weiland. Sim, porque o poeta, cantor, ser humano tem um álbum incrível, chamado "12 Bar Blues", de uma sonoridade confusa, energética e tudos os adjectivos de que me socorri em cima para descrever a música e a poesia de Scott Weiland, e dos STP.
O percurso de vida do cantor/poeta/músico/actor/ser humano é marcado pelo seu mergulho profundo no mundo das drogas, que o levou inclusivé à prisão. Mas o homem, depois de cair, levantou-se e está bem vivo! A prova são os Velvet Revolver. Já vistos e batidos? Boa música é sempre boa música, pelo menos para mim.Além disso, a vida particular e o seu percurso dizem respeito à intimidade de cada um, já agora.
Mais uma vez digo, ao referir-me a qualquer expressão artística: só vendo, ouvindo, lendo. "12 Bar Bleus", de Scott Weiland: recomendo esta obra a qualquer pessoa, e deixem-se levar...
P.S.: provavelmente só encomendando pela internet ou na fnac é que encontrarão este álbum

1 comment:

Anonymous said...

curti o texto, me identifica bem, scott weiland é massa