Thursday, August 28, 2008

Foge Foge Bandido...


Não, não me estou a dirigir a ninguém em especial, embora me apetecesse. Podia estar-me a dirigir aos gajos que me vieram cortar o gás, por suposta falta de pagamento da minha parte... Erro! Desde que mudei para esta humilde residência nunca recebi uma única factura do gás. E ainda vou ter que pagar não sei o quê pela reabertura...

Enfim, este post não é dedicado a nenhuma forma sofisticada de ladroagem, mas sim ao novo projecto do grande poeta e músico Manel Cruz (Ornatos Viloeta, Pluto, Super Nada) projecto esse chamado Foge Foge Bandido. É genial, só está disponível por encomenda online (talvez o encontrem num barzito ou outro de bom gosto) e é simplesmente viciante. Do experimentalismo às baladas viscerais, sempre com o rock n' roll por trás... Ouçam e viagem...

3 comments:

Anonymous said...

Bem, já sabes como eu sou, Costinha... Raramente reparo em pormenores significantes, daí que... se me perguntares sobre o que era este teu post, eu só vagamente saberei responder qualquer balbuciada sobre... Ornatos Violeta? Não, não é esse o pormenor...!?

Adorei e fiquei preso às tuas três últimas palavras. Eu sei que o post não era sobre elas, e que eu devia comentar sobre o que quer que estejas a tentar dizer-nos... Mas, "Ouçam e viagem" causou-me arrepio, estranheza, orgasmo artístico... Imediato. Há qualquer coisa de errado e certo nesta expressão. Errado: o verbo «viajar», afinal de contas, e depois de puxada a minha memória, não se conjuga como conjugaste. Cláudia Pinto explica-te melhor que eu:

"A grafia com «g» (viagem) corresponde ao substantivo feminino (ex: dormiu durante toda a viagem; reservamos os bilhetes de avião numa agência de viagens), que pode ser sinónimo de passeio, percurso. A grafia com «j» (viajem) corresponde à terceira pessoa do plural do presente do conjuntivo (ou subjuntivo, no Brasil) do verbo viajar (ex.: espero que eles viajem em segurança), também usada para formar a terceira pessoa do plural do imperativo (ex.: não viajem para essa zona do país)."


Mas há qualquer de inspirador no teu erro: «Ouçam e viagem» parece ser o título de um livro, de um álbum, ou de uma peça de teatro surreais... A dissonância casual entre este verbo e este substantivo, colocados assim, lado a lado, provocam perturbação, como dois objectos de improvável encontro. Como nós, Costinha. Afinal, quantos actores são jogadores de rugby?
E quantos jogadores de rugby citam Hans Christien Andersen?
E quantos serventes de pedreiro conhecem actores que jogam rugby e citam Hans Christien Andersen?

Somos como o «Ouçam» e a «Viagem».
(eu fico com o papel da Viagem, se faz favor! Merci!)


Abraço

costinha13 said...

Alex, já tinha saudades tuas... E muito obrigado pela correcção, de facto não sabia... Ou se calhar já soube e esqueci-me, não interessa. interessa sim é ter a oportunidade de aprender, como o fiz contigo. Apesar de ser viciado em viagens (sempre que a carteira o permite) peço-te um favor: ouve as músicas. Muitas estão disponíveis no próprio site do projecto Foge Foge Bandido... Do que te conheço a nível de gostares de viagens (reais e virtuais) e de sonhar e sentir, vai ao site e ouve... depois diz-me o que sentiste...

Aquele abraço

Anonymous said...

Saudades minhas?!
Mas, Sr. Miguel, eu nunca saí do balcão. Aqui em cima está escuro, e os actores não nos vêem por causa dos holofotes que vos iluminam. Mas eu continuo aqui. Que seria um actor sem espectador? Um lunático falando consigo próprio! Há gente no hospício por bem menos...

Ainda bem que pude ser útil na expansão do teu conhecimento linguístico. Eu ganhei todos os concursos de gramática e literatura em que participei (com excepção de um para poesia), mas não fiquei mais rico por isso. Pelo contrário, fiquei mais podre. Não, não me enganei: podre. (e não pobre).

Viciado em viagens? Epá, tens que me as contar, detalhe a detalhe. Eu sou viciado em narrativas de viagens. E chego a fazê-las com maior intensidade e realismo do que os autores. Nunca fui além Évora, nem além Braga, nem além Castelo Branco, nem além mar. E a impressão com que sempre fico quando saio de casa, nem que seja por poucos metros ou quilómetros, é a de que... o mundo é tão grande!!! e há tanta gente!!! (ou será que sou eu que sou pequenino?!)

Fiz-te o favor, sim senhor. Um pouco contrariado, mas fí-lo. Gostei do projecto... mas não vou muito na onda do "rock alternativo"... Eu sou mais... melodia natural, estilo Chirgilchin. Conheces?