Sunday, April 15, 2007

A ponte é uma passagem... Ou não há ponte!


A ponte podia ser uma passagem...
Na quinta-feira dia 12 de Abril de 2007, por motivos de trabalho tive que deixar a minha viatura na estação de serviço da A8, Pôr-do-Sol. Por motivos de trabalho tive que deixar a viatura lá estacionada durante largas horas, no sentido Lisboa-Leiria. Por motivos de trabalho, o transporte que me trouxe de Leiria deixou-me na mesma bomba, no sentido inverso, ou seja, do outro lado da auto-estrada, no sentido Leiria-Lisboa. Por motivos de trabalho, eu tinha que ir buscar o meu carro, com alguma urgência, e para tal, tinha que atravessar a auto-estrada. E assim fiz...

Não sei porque motivos, mas não de certeza por motivos de trabalho, não existem passagens superiores, ou pontes, a ligar uma bomba a outra, em sentidos inversos. Se calhar quem decidiu provavelmente ou nunca precisou de atravessar a auto-estrada, a pé, e sentir aquele ventinho de não-sei-quantas viaturas pouco respeitadoras dos limites de velocidade, a vir na nossa direcção, em catadupa. Ou então quem decidiu que não devia haver passagens superiores a ligar bombas, em sentidos diferentes, é algum candidato a Obikwelu (se não é assim que se escreve, peço desculpa) e que deseja bater o record nacional dos 100 ou 200 metros...

Ou então é alguém com muito pouco amor à vida dos outros, ou pouco amor ao bolso dos empregados dessas estações de serviço, que pagam portagens a torto e a direito só para atravessarem a estrada!!!!!!!!!!!!!!!!

Numa época em que por tudo e por nada se passam multas (ou autos) de trânsito, que tal pensar de vez em quando na segurança efectiva dos cidadãos? O quye não invalida o aperto do controlo em relação aos excessos nas estradas... Agora, o tempo dos festivais públicos baseados na degradação humana na morte já lá vão (ou não) portanto ponham lá umas passagens superiores a ligar as estações de serviço das auto-estradas deste país à beira-mar plantado, sim?

P.S.: A inteligência que assim decidiu podia ser perfeitamente um candidato à direcção daquele mais-ou-menos-quase partido de extrema-direita (que ainda tem dificuldades em se assumir). Porquê? Porque denota alguma falta de visão periférica, de que há algo mais para além daquilo que se vê à frente, a uma distância reduzida.

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